domingo, 22 de janeiro de 2012

COCHABAMBA - STA CRUZ DE LA SIERRA, BOLIVIA - 20 de janeiro de 2012 - 480km

Nosso último dia nas alturas andinas, de aqui pra frente é morro abaixo, dizem que para baixo todo santo ajuda, então tomamos café-da-manhã em horário normal. Nosso cronograma estava correto, só não contavamos que a nova política do Ministério de Yacimientos e Hidrocarburos da Bolivia, alguma coisa tipo o nosso Ministério de Energia e Minas, decidiu que, já que a venda da gasolina é subsidiada para a população (custa em torno de 3,7 bolivianos por litro, quase R$1,00, barato, né?) esse mesmo benefício não se estenderia aos veículos com placas estrangeiros, para eles o custo do litro de gasolina é de 9,01 bolivianos por litro (R$3,00 o litro, para quem mora no Mato Grosso isso não é nenhuma novidade!). Até ai nenhum problema, isso se TODOS os postos de combustível vendessem a gasolina internacional como é chamada. Ai entra uma lei protecionista num país sem infraestrutura e burocrático, o resultado é o caos, a maioria de postos não vende gasolina para veículos estrangeiros, pois necessitam fazer duas faturas e nem todos estão cadastrados no sistema. Rodamos quase uma hora para encontrar um posto que vendesse a tal "gasolina internacional", a essa altura se vendessem o litro a 100 bolivianos estariamos pagando igual, uma vez achado o posto outra hora e meia para fazer as duas faturas individuais para as 17 motocicletas e o carro. Saimos de Cochabamba, quase 11:00hs.
É incrível que a vegetação volta a se mostrar assim que descemos, e junto a ela o calor quase infernal, retas e mais retas. Nossa preocupação começou quando havia filas intermináveis nos postos de gasolina, as cidades sem combustível, pelo menos ao preço subsidiado, porque era passar os postos de gasolina e tambores e mais tambores de combustível sendo vendidos na rua, ao longo da estrada, o preço? entre 5 e 7 bolivianos por litro, um absurdo para a população local e quase um alivio para nós. Isso me lembrou a Lei Seca nos Estados Unidos e os problemas maiores que isso alastrou como o contrabando e a proliferação de gansters, dentre eles Al Capone. Será que logo surgirá um Al Capone boliviano?
Chegamos em Sta Cruz de la Sierra no horário do rush e prontamente um carro e uma moto se voluntariaram em nos guiar ao nosso hotel, isso sem nem termos pedido ajuda. A cidade de Santa Cruz de la Sierra é grande e ordenada, parece uma capital brasileira, merece muito bem um dia livre para fazer compras e conhecê-la melhor. Para quem é motociclista recomendo visitarem a loja de motos DEKAR, que fica no "primero anillo", tem de tudo e a preços muito inferiores, para ter uma idéia, um pneu traseiro para V-Strom ou BMW GS, Pirelli alemão custa R$350,00 instalado. Recomendo muito visitar a loja, o pessoal é muito atencioso.

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