domingo, 22 de janeiro de 2012

STA CRUZ DE LA SIERRA, BOLIVIA - CORUMBÁ, MS-BRASIL - 21 de janeiro de 2012 - 660km

Sabendo da falta de postos que vendem gasolina internacional, ontem à noite um boliviano se prontificou a comprar gasolina em tambores para nós e baldear os tambores por três vezes até nosso hotel para que possamos abastecer as motos. Com as motos abastecidas tomamos café da manhã à primeira hora e rumamos em direção à fronteira. A estrada nova está em perfeitas condições, o que não ajuda é o calor infernal. Após 200km chegamos aos 35km que ainda faltam asfaltar, mas que tem quase 30km com o aterro pronto para receber a primeira camada de piche e asfalto, ou já está asfaltado, "conversando" com o pessoal que cuida da estrada decidimos deixar um "agrado" para que nos deixassem passar pela estrada quase asfaltada. Os primeiros 19km foram uma maravilha, rodando a 80km/h no aterro sem asfalto, ai vem os 5km de terra, areia, argila e muita água empoçada das chuvas, foi um festival de derrapagens, tombos e motos caindo, a infelicidade de uns era o motivo de riso dos outros, começou com o Dr. Oscar que empolgado com as condições dos primeiros 19km de aterro decidiu que passaria mais rápido na areia, a frente parou e dobrou e ele foi catapultado por cima da moto, ao estilo Matrix e repousando na areia, sem nenhum trauma evidente a não ser o moral, continuou a jornada, desta vez com más calma. O nosso "cadeirante" Reinaldo levou o capote e a preocupação maior foi com o capacete novo que tinha comprado. O Braulio tentando guiar o grupo por onde passar deixou cair a moto por duas vezes, uma em negativo, quando a moto fica quase impossível de ser levantada, foram necessários três companheiros para colocar a moto em pé. Mas Toninho foi o campeão, não contente com derrumbar a moto uma vez, decidiu que deveria tombar a moto outras duas vezes no curto espaço de 5 metros. Tudo isso em menos de 5km!!! O mais engraçado é que os tombos foram em locais onde a gente estava subindo ou descendo do aterro asfaltado para pegar o trecho de terra. Nem quero imaginar como seria se tivessemos que rodar os 35km de terra e areia. Provavelmente demorariamos muito mais e a nossa "lista de Newton" (Lei da Gravidade) seria bem maior. Logo após o último pedaço de terra, paramos para beber qualquer coisa gelada e achamos uma "rockola" ou "jukebox" (máquina que toca videos e musicas ao colocar uma moeda), que tocava músicas bolivianas, procuramos o cardápio de músicas e achamos "música brasileira", colocamos a moeda e para nossa surpresa a música que saiu era um "rasqueado cuiabano", empolgados Dean e Luciana deram uma aula de como se dança, tinha até lambadão de Poconé. Tão longe de casa e ao mesmo tempo tão perto. Chegamos à fronteira às 06:15hs e como era domingo ambas migrações e a alfandega boliviana já estavam fechadas, 5km nos separavam de Corumbá, MS. Fomos dormir no lado brasileiro e amanhã às 08:00hs devemos ir dar a saída boliviana e entrada brasileira em nossos passaportes. Um dia muito quente, parece que os ventos frios andinos estão tão longe mas ainda estão tão vivos em nossas memórias, tem gente que ainda usou a segunda pele hoje, coisa de viajante, sai preparado para enfrentar qualquer tempo.

Um comentário:

  1. pelo horário vcs. já estar em corumbá , que delícia entrar no BRASil novamente então vcs, já estão perto de casa. Parabéns a todos beijosssssss neuza meirelles de rio de janeiro

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