sábado, 21 de janeiro de 2012

COPACABANA - COROICO, BOLIVIA - 18 de janeiro de 2012 - 260km

Hoje voltamos à fronteira para fazer a papelada das motos que ficaram ontem e esperamos alguma notícia do restante do grupo, por volta das 09:30hs chegou um email avisando que o grupo pernoitara em La Paz, como? La Paz? quer dizer que eles cruzaram a fronteira por Desaguadero, do outro lado do lago. Ligamos ao hotel em La Paz e o grupo já tinha saído, sem dizer para onde. Como no carro do Humberto estava a Djane (em La Paz), com os documentos do filho (em Copacabana) pensamos que eles viriam ao nosso encontro em Copacabana, esperamos por toda a manhã e nada de notícias, como a distância é de somente 150km pensamos que em duas horas estariam ao nosso encontro, por outro lado eles também não chegaram a Coroico que são outros 100km de La Paz, será que a nossa outra metade estava perdida, para onde tinham ido? Sem noticias, por volta das 14:30hs o grupo partiu com direção a Coroico com a esperança de encontrar o grupo na estrada ou em Coroico, ficou para atrás Braulio e seu filho, a esta hora indocumentado. Na fronteira, Braulio conseguiu sensibilizar os oficiais peruanos a dar a saída do país sem apresentar documentos, como eles tinham conhecimento do caso desde ontem foram muito amáveis, mais uma vez os peruanos se mostravam amigos. No lado boliviano, ficou a grande dúvida, como entrar sem documentos? quando todo parecia perdido e a única saída era esperar a Djane voltar de taxi à fronteira, o oficial boliviano pediu para ver a saída do Peru, viu a data e comentou: se a fronteira estiver fechada esse carimbo vale por 24 horas para dar entrada ao país, é só se apresentar nas migrações em La Paz. Lembrei da escolinha do Prof. Raimundo e o personagem "Somebody loves me", captei a sua mensagem amado mestre... e lá fomos nós cruzando a fronteira em direção a La Paz e depois Coroico, ligamos para o hotel e a metade perdida já tinha chegado, agora faltava a outra metade que tinha saído duas horas atrás. A estrada nova para Coroico passa por "La Cumbre" (o cume), já fazem idéia da altitude, quase 4800m para depois cair a uns 800m em menos de 100km, curvas, curvas e mais curvas, túneis intermináveis e uma tempestade tropical com direito a raios e trovões para onde iamos. Ao chegar em Coroico, os 8km que separam a estrada da cidade (morro acima) foram empedradas há três anos e é um desafio e tanto. Chegamos minutos antes da tempestade, e ficamos sabendo que Nilson (o ponta) não viu a placa de entrada e tocou direto, por quase 40km, na volta a tempestade tropical causou uma queda de barreira. Graças a Deus, ele chegou em segurança, porém o grupo ficou arrepiado com a situação, não parava de chover e amanhã teriamos que enfrentar a temida Estrada da Morte, 35km de estrada sem asfaltar cordilheira acima com uma chuva que não parava. Será que alguém se habilita?

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